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Dicas para gravar em estúdio

Vamos começar pela escolha das músicas. Voce deve preferir as inéditas, mesmo que seja apenas intérprete (procure compositores pouco conhecidos porém bons em sua cidade)

      gravando É simples: por melhor cantor que voce seja, qual a chance de alguma rádio preferir tocar voce cantando "tigresa" do que Caetano ou Gal? Por que a rádio tocaria voce cantando "oceano" no lugar de Djavan?

      Pode conferir: todos os novos talentos da MPB e do Pop foram revelados cantando músicas inéditas ou tão antigas que ninguém mais se lembrava delas (Zeca Baleiro, Zélia Duncan, Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller, Skank, etc...)

      Grave como se a música estivesse escalada para disputar o prêmio Grammy, grave com o máximo de qualidade que puder.

      Parece óbvio, mas todos os dias centenas de músicas são alijadas das rádios porque têm qualidade ruim de som.

      Som abafado, chiado, mal equilibrado, instrumentos que não aparecem, voz embolada, fundo sonoro confuso, sem definição. Caminho certo para o fracasso. Num mundo digital não há espaço para o "mais ou menos", para o "até que tá bom". Tem que ser perfeito.

      Detalhe: 90% das gravações "ao vivo" nacionais são péssimas. Das feitas na Bahia nunca encontrei uma que fosse realmente ótima - nem de gente famosa. Para se gravar ao vivo não basta plugar um gravador na mesa do show. É preciso uma mesa auxiliar, equalização distinta, gravação durante uns três shows para aproveitar as melhores partes de cada dia, e um produtor talentoso.

      Ao gravar, comece pelo planejamento. Não entre no estúdio sem saber como vai gravar cada instrumento, cada voz, qual o papel de cada músico. Não existe nada pior que pagar por hora de estúdio sem saber nem o que quer gravar. E os ensaios devem ser fora dele também. Chegue pronto.

      Planeje que instrumento fará a "cama de som" no fundo, qual fará os solos, qual dará o ritmo, qual fará a marcação. Cada um tem que ter uma função definida, senão vira só um amontoado de instrumentos.

      Convide um arranjador ou um artista que tenha talento para arranjar. Ouça a opinião do produtor, pergunte a de um radialista que tenha sensibilidade para música.

      Pesquise instrumentos. Às vezes um instrumento fora do normal pode dar um toque original e marcante em sua música, seja uma garrafa de Fanta ou um tambor japonês.

      Quando gravar bateria, prefira sempre uma ao vivo, de verdade. O mesmo vale para os metais e piano. São instrumentos que soam falsos quando feitos em sintetizador ou no computador. Empobrece a música.

      Não deixe o estúdio finalizar sua gravação até estar completamente satisfeito. Cada gravação deve ser uma obra de arte - e obra de arte não se apressa.

      Peça para gravar os instrumentos, sem a voz, em um CD ou pendrive separado. É útil para ocasiões onde voce terá que cantar sobre o BG. Serve para treinar interpretações diferentes e solos para um show, e pode até se popularizar num karaokê...

      Se puder, grave uma cópia pré-finalizada em CD e ouça num microsystem ou no carro. Voce pode se surpreender com as coisas que vão aparecer... ou sumir. Lembre-se que o ouvinte não estará no estúdio, um ambiente ideal para a audição, e sim no carro ou em casa.

      Atenção para a separação de canais. Músicas com pouca separação de canais parecem "mono" para quem ouve e passam vexame ao tocar no rádio ao lado de gravações melhores.

      O uso de alguns instrumentos pontuais em canais distintos dá vida à gravação e ajuda a compor uma sensação de ambiente.

      Uma dica para o rádio: deixe uma introdução de 5 a 10 segundos para que o locutor possa anunciar a música sobre ela. E no final faça uma instrumentação que facilite ao locutor saber que a música está acabando.

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